Vous avez certainement déjà entendu parler du Fado, le style musical portugais classé au Patrimoine Culturel Immatériel de l’Humanité par l’UNESCO en 2011. Si ce n’est pas le cas, sachez que le Fado est plus qu’un style musical, C’est un art de vivre, d’être, et de ressentir.
Le mot Fado vient du latin fatum qui signifie « destin », un mot qui démontre la profondeur de ce style musical où s’expriment toutes les émotions qui caractérisent l’essence du destin, de la mélancolie, la tristesse, le bonheur, le désir, jusqu’à la douleur ou le plaisir présents dans la mémoire du passé.
Traditionnement chanté par un ou une « fadiste » (chanteur de fado) et accompagné d’une guitare classique et d’une guitare portugaise, le fado vous permet de rencontrer, de ressentir et d’expérimenter le cœur battant du Portugal.
Mais au fait, comment est né le Fado ?
Selon le « Museu do Fado », il s’agit d’un style musical qui a émergé spontanément, et commencé à suciter l’attention au début du XIXe siècle. À cette époque, le fado était associé à la vie de bohème et au chant dans les tavernes et les maisons closes par des membres de groupes marginalisés tels que les prostituées, les chauteurs de rue et les marins. Ces groupes ont utilisé l’argot et le langage populaire dans leurs chansons, ce qui a conduit le Fado à être rejeté avec véhémence par les communautés intellectuelles portugaises pendant plusieurs années.
Ce n’est qu’en 1851, avec la création du théâtre de revue, que le fado commence progressivement à être vu d’un autre œil lorsqu’il est intégré aux répertoires de pièces de théâtre, avec des actrices et chanteuses de fado célèbres faisant leurs interprétations musicales du style mélancolique.
C’est au début du XXe siècle que le fado commence à être de plus en plus médiatisé dans les journaux portugais, avec la multiplication des interprétations de fado dans les théâtres et avec la création de compagnies de chanteurs de fado professionnels qui promeuvent des spectacles à l’intérieur et à l’extérieur du pays. L’émergence de la radio a également grandement contribué à la diffusion du fado.
Dictature et Fado
Le coup d’état militaire du 28 mai 1926 et la mise en place de la censure au Portugal ont noué des liens étroits avec le fado, qui était désormais sous surveillance. Le régime a instauré l’obligation d’analyser au préalable les répertoires chantés, d’inspecter les contrats, entre autres éléments qui ont provoqué des mutations dans le fado, désormais sans possibilité d’improviser ou de chanter sur des thèmes controversés.
C’est aussi à cette époque, et comme suite naturelle des événements, après le théâtre et la radio, que le fado fait son apparition dans le cinéma portugais : le premier exemple est le film sonore de Leitão Barros en 1931 sur Maria Severa, une gitane chanteuse de fado qui aura plus tard une liaison avec le Comte de Vimioso, devenue un personnage de référence dans l’histoire du fado, élevée au rang de figure mystique.
En effet, c’est entre 1940 et 1960 que le fado portugais connut ses « années dorées », qui culminèrent avec l’apparition en 1953 du concours « Grande Noite do Fado » (« Grande nuit du fado ») qui perdure jusqu’à aujourd’hui. Après l’inauguration de la radiotélévision portugaise (RTP) en 1957, non seulement la musique, mais aussi les visages des grands artistes de la radio sont reconnus par la nation. Le plus grand exemple est peut-être le plus grand nom du fado portugais, Amália Rodrigues, qui deviendra une icône de la culture nationale et contribuera grandement à l’internationalisation du style musical.
Le fado aujourd’hui
Après la Révolution des Œillets du 25 avril 1974, la démocratie s’installe et avec elle les libertés individuelles. Avec la mondialisation et une plus grande connexion avec l’étranger, la relation avec le fado change avec les Portugais qui consomment dorénavant plus de musique étrangère.
À partir des années 1980, une nouvelle ère du fado a commencé, avec de nouveaux artistes interprétant le fado à leur manière, comme le grand António Variações, José Mário Branco et Sérgio Godinho.
Dans les années 1990, des artistes comme Ana Moura, Ana Sofia Varela, António Zambujo et Rodrigo Costa ont eu un grand impact dans le monde du fado, et tout particulièrement Mariza, l’une des chanteuses de fado les plus connues au Portugal, que les critiques ont assimilée à Amália Rodrigues elle-même.
De nos jours, le fado est l’une des principales attractions de Lisbonne et l’écouter dans les maisons de fado est une expérience enivrante que nous vous recommandons vivement si vous souhaitez visiter le Portugal.
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O Fado – a música de Portugal
Por esta altura já deve ter ouvido falar sobre o Fado – o estilo musical português classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2011 – e, caso ainda não tenha ainda ouvido falar, saiba que o Fado é mais do que um estilo musical, mas uma forma de ser, estar e sentir.
A palavra Fado vem do latim fatum que significa “destino”, uma palavra que demonstra a profundidade deste estilo musical onde se exprimem todas as emoções que caracterizam a essência do destino, desde a melancolia, tristeza, felicidade, saudade, até à dor ou prazer presentes em relembrar o passado. Comumente cantado por um/uma fadista e acompanhado por uma guitarra clássica e uma guitarra portuguesa, no fado encontra-se, sente-se e vive-se o coração pulsante de Portugal.
Mas afinal como surgiu o Fado?
De acordo com o Museu do Fado, este foi um estilo musical que surgiu de forma espontânea, tendo começado a obter maior atenção no início do século XIX. Nesta altura, o fado era associado à vida boémia e cantando em tabernas e casas de prostituição por membros de grupos marginalizados como prostitutas, faias e marujos. Estes grupos utilizavam a gíria e o calão nas músicas, o que levou o Fado ser veemente rejeitado pelas comunidades intelectuais portuguesas durante vários anos.
Só em 1851, com a criação do teatro de revista, o fado começou aos poucos a ser visto com outros olhos ao ser integrado nos repertórios das peças, com famosas atrizes e fadistas a fazerem as suas interpretações musicais do estilo melancólico.
É no início do século XX que o fado começa a ser cada mais divulgado em periódicos portugueses com o número de interpretações do fado nos teatros a multiplicar e com a criação de companhias de fadistas profissionais que promoviam espetáculos dentro e fora do país. Também o surgimento da rádio auxiliou grandemente a forma como o fado era difundido
A ditadura e o Fado
O golpe militar de 28 de maio de 1926 e a implementação da censura em Portugal veio trazer amarras fortes ao fado que estava agora sob escrutínio. O regime determinava a obrigatoriedade de analisar previamente os repertórios cantados, fiscalizar contratos, entre outros elementos que causaram mutações no fado, agora sem a possibilidade de improvisar ou cantar sobre temas controversos.
Também nesta altura, e como a sequência natural dos acontecimentos, após o teatro e a rádio, viria a familiarização do fado com o cinema português: o primeiro exemplo foi o filme sonoro de Leitão Barros em 1931 sobre Maria Severa, uma fadista cigana que viria a ter um caso com o Conde de Vimioso, tendo-se tornado uma personagem de referência na história do fado, elevada à condição de figura mística.
Na verdade, foi entre 1940 e 1960 que o fado português viveu os seus “anos de ouro”, que culminou com o surgimento em 1953 do concurso “Grande Noite do Fado” que dura até aos dias de hoje. Depois da inauguração da rádio e televisão portuguesa (RTP) em 1957, não só a música, como também o rosto dos grandes artistas da rádio seriam reconhecidos pela nação. Talvez o maior exemplo seja o grande nome do fado português Amália Rodrigues que viria a consagrar-se como um ícone da cultura nacional que em muito contribuiu com a internacionalização do estilo musical.
O Fado hoje
Após a revolução dos cravos a 25 de abril de 1974, instaurou-se a democracia e com ela as liberdades individuais. Com a globalização e uma conexão maior com o estrangeiro, a relação com o fado altera-se com os portugueses a absorverem mais músicas estrangeiras.
A partir dos anos 80 observa-se uma nova era do fado com novos artistas a interpretarem o fado à sua maneira, como o grande António Variações, José Mário Branco e Sérgio Godinho.
Já nos anos 90, artistas como Ana Moura, Ana Sofia Varela, António Zambujo e Rodrigo Costa causam um grande impacto no mundo do fado, com destaque para Mariza, uma das fadistas mais conhecidas em Portugal a quem os críticos equiparam à própria Amália Rodrigues
Hoje em dia, o fado é uma das atrações principais de Lisboa e a sua audição nas casas de fado é uma experiência inebriante que recomendamos vivamente se alguma vez quiser visitar Portugal.
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